quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Foto: O que me deixa louca é saber que, mesmo estando na minha, em outra, mesmo estando solta, você ainda é o dono das minhas mensagens de feliz Natal e Ano Novo, quando dá meia noite. E esse tipo de coisa boba me faz pensar no quanto você ainda ocupa tanto espaço, ainda que eu não carregue nosso peso nas costas. Ainda que eu tenha jurado a mim e aos quatro cantos o nosso fim permanente, porque não tem jeito ou possibilidade de tudo isso ir pra frente e a gente, no fundo, sabe bem. Mas quando acontece alguma coisa assim eu me pego pensando que essa história de continuar amigos talvez seja só uma fachada pra gente não se perder assim, depois de tanto tempo, tantas vírgulas, tanto amor, uma história. E não é acomodação, porque eu tô tão disposta pro mundo, é só um costume chato, um carinho tão familiar que já é parte de nós. Ainda é você tanta coisa. Ainda é seu nome, de imediato, quando eu penso num cara que seria um ótimo pai. Ainda é sua imagem que eu relaciono a família e coisas seguras, por mais paradoxo que isso pareça, já que poucas vezes eu pude ter certeza de algo em relação a você. E vai ser assim por um bom tempo, até eu pisar num chão seguro, me envolver de corpo, alma e coração com um outro alguém, já me conformei com a ideia. Romances e casos breves nunca vão mudar o destinatário das minhas mensagens, minhas mensagens nunca vão mudar nosso fim.

Marcella Fernanda
As vezes acho que estou ficando louca com toda essa história, ou melhor com toda essa ilusão que criei. Mesmo cansada de tudo, preferindo ficar na minha, em outra, ou seja, mesmo tentando me libertar, me soltar, você continua ainda sendo o dono das minhas lembranças, das minhas mensagens de Feliz Natal, Ano Novo, quando dá meia noite, você ainda está na minha lista de orações, de desejos, e as vezes sinto que isso não vai mudar.
Sou mesmo uma boba, e só tenho tentativas frustadas em tentar te esquecer, e tudo isso só me faz pensar em quanto você ainda ocupa tanto espaço na minha vida. Talvez, eu não mais carregue todo aquele peso sozinha, talvez agora só tenha restado a saudade, que não mais, era pra existir.
Jurei a mim e aos quatros cantos do mundo, que as coisas tinham chegado ao fim, porque não tem jeito ou possibilidade de tudo isso ir pra frente e a gente, no fundo, sabe bem. Afinal, como disse Raul Seixas: "Um sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade!" 
É, eu me enganei pensando que sabia demais, mas as lembranças me fazem pensar que essa história de continuar amigos talvez seja só uma fachada pra gente não se perder assim, depois de tanto tempo, tantas vírgulas, tanto amor, uma história. No entanto, de que adianta se não sonhamos juntos, se o nosso orgulho junto com o destino, fizeram com que nossas vidas tomassem rumos diferentes e a realidade acabar sendo outra? Eu tenho vontade de mudar a nossa situação. Mas já virou um costume, e faz parte de nós, o receio de "dar o braço a torcer".
 Ainda é seu nome que eu lembro quando penso no namorado certo, é ainda com sua família que me sinto acolhida, é ainda com você que me sinto segura até na distância. Pois bem, é ainda você em muitas coisas da minha vida. E vai ser assim por um bom tempo, até eu pisar num chão seguro, me envolver de corpo, alma e coração com um outro alguém, já me conformei com a ideia. Romances e casos breves nunca vão mudar o destinatário dos meus pensamentos, das minhas orações, dos meus desejos, sonhos, mensagens, mas nada disso nunca vão mudar nosso fim, se essa mudança não partir de nós dois.

Graziele Marques

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